Na noite mais importante do longo calendário eleitoral dos EUA, o Partido Republicano deu um passo importante para retomar o controle do Senado, ao vencer a disputa por uma cadeira no estado da Virgínia Ocidental, que até agora era controlada pelos democratas. Essa pode ser uma vitória crucial, uma vez que não há sinais, até o momento, de outras viradas no Senado e também na Câmara, onde as estimativas feitas antes da votação apontavam para uma retomada democrata.
Em um estado que na eleição presidencial deve dar a vitória para Donald Trump, o atual detentor da cadeira, o senador democrata Joe Manchin, desistiu de concorrer à reeleição, após um mandato marcado por disputas dentro do partido, incluindo sobre propostas caras ao presidente Joe Biden. Com ele fora da disputa, Jim Justice, atual governador da Virgínia Ocidental, venceu com facilidade o candidato democrata Glenn Elliott.
Outra disputa pelo Senado observada de perto é a do Nebraska, onde os números preliminares mostram o candidato independente Dan Osborn à frente da atual senadora Deb Fischer. Osborn, ex-líder sindical, não sinalizou se votará com um dos dois partidos caso seja eleito.
A votação ainda reservou um momento de importância histórica: pela primeira vez, duas mulheres negras estarão, ao mesmo tempo, em uma legislatura no Senado: Lisa Blunt Rochester, de Delaware , e Angela Alsobrooks, de Maryland venceram suas disputas. Antes delas, as outras senadoras negras foram Carol Moseley Braun, de Illinois, Laphonza Butler, da California e a hoje candidata à Presidência Kamala Harris, também da California, nenhuma delas ao mesmo tempo.
Na disputa pela Câmara, uma Casa que as pesquisas apontavam como perto de ser retomada pelos democratas, houve duas viradas na Geórgia, uma para os democratas e uma para os republicanos, e uma favorável aos republicanos na Carolina do Norte, mas a tendência final ainda está longe de ser definida.
Entre alguns nomes conhecidos que conseguiram mais um mandato está a deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez, uma das principais representantes da ala progressista do partido, e a republicana Marjorie Taylor-Greene, ligada a teorias de conspiração e que tem conquistado espaço dentro da sigla — no começo do ano, ela chegou a ser cogitada como potencial vice de Trump.
Alguns estados também realizam votações para governador, e uma das disputas acompanhadas de perto era na Carolina do Norte, onde o candidato republicano, Mark Robinson, apostou no discurso extremista, mas comentários seus feitos no passado, incluindo um no qual dizia ser um "negro nazista", foram explorados à exaustão pelos democratas. Nas urnas, o procurador-geral, Josh Stein, teve a vitória declarada, mas por
Fonte: O Globo